Comunidade Quilombola Vidal Martins


O Quilombo Vidal Martins, onde habitam 28 famílias descendentes de escravos, localiza-se no bairro Rio Vermelho, em Florianópolis. Um dos mais antigos da ilha, completou 187 anos.
Escavações arqueológicas realizadas pelo padre João Alfredo Rohr (1908-1983) apontam a existência de populações dos índios Carijós no local, os resultados das pesquisas encontram-se no Museu do Homem do Sambaqui e no Museu de Antropologia da UFSC.
Sobre o início da ocupação portuguesa sabe-se muito pouco, mas existem indícios de já haver algum povoamento no início do século XVIII, e da construção de uma capela em 1750. Com segurança, o povoamento e a história do Rio Vermelho começaram apenas na segunda metade do século XVIII, quando os açorianos chegaram a partir de 1748. A ocupação das terras motivou a construção de uma segunda igreja, em 1810. Pelo aumento rápido da população, em 1831, por decreto da Regência, foram criados o distrito e a paróquia de São João Baptista do Rio Vermelho.
Alguns dos primeiros moradores do distrito foram os senhores de escravo, seus respectivos escravos e a população proveniente das ilhas dos Açores e da Madeira. As casas dos senhores de escravos eram em sua maioria de pedra, assim como as senzalas. Já as casas dos escravos alforriados eram de taipa, ou pau-a-pique e barro, e se localizavam na parte sul do povoado, mais distante do centro.
Os meios de transporte antigos eram a pé, de canoa e a cavalo. Para transporte de carga usava-se a carroça e o carro de boi. No Rio Vermelho localizava-se a maior área da ilha cultivada com mandioca, e era onde ficava também, a maior concentração de engenhos, que antigamente eram manuais e mais tarde foram substituídos por engenhos movidos à força dos bois.
O bairro do Rio Vermelho hoje possui cerca de 15.000 habitantes, segundo o IBGE (2010).

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